Com certeza você já viu alguma dessas figuras medievais bizarras em filmes, jogos ou livros antigos. Mas qual será a razão de se usar vestimentas tão estranhas?
Pois saiba que esse uniforme tenebroso pode ter sido uma das primeiras tentativas da humanidade em desenvolver um traje de proteção contra contaminações, parecidos com aqueles que os cientistas e médicos usam em laboratórios ou quando trabalham em locais que sofrem alguma epidemia ou vazamento radioativo.
Segundo historiadores, esse tipo de traje teria sido originalmente criado por Charles de l’Orme, médico do Rei Luís VIII, da França.
A ideia era proteger os médicos da época medieval, quando eles estavam trabalhando em áreas afetadas pelo grande surto da Peste Bubônica (ou Peste Negra, como também era conhecida) na Europa, por exemplo.
Aquela máscara com bico deveria funcionar como um filtro, e era preenchida com ervas aromáticas como mirra, cânfora e lavanda por exemplo, protegendo (supostamente) de contaminações.
O restante do uniforme também era bem complexo, feito com couro de cabra, que deveria ser besuntado de gordura animal para ser "impermeabilizado e selado".
Além disso também fazia parte do "pacote" óculos, luvas, botas, casacos grandes e até uma varinha que era usada para examinar doentes caídos na rua para saber se ainda estavam vivos ou afastar infectados mais agressivos ou abalados psicologicamente.
O problema é que toda essa parafernália não adiantava praticamente nada... já que a Peste Bubônica não é transmitida pelo ar, mas sim pelas pulgas de ratos, contaminados com a bactéria Yersinia pestis.
Ou seja, enquanto todo mundo tinha medo de respirar o "ar virulento e contaminado" dos locais onde os surtos aconteciam, ninguém nem imaginava que o problema eram as pulgas dos ratos que infestavam as grandes cidades da época...
Mas mesmo assim temos que reconhecer que a ideia de criar um uniforme hermético foi bem criativa, e se a Peste Bubônica fosse realmente transmitida pelo ar, o traje poderia ter sido razoavelmente eficiente e salvado algumas vidas.
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