Aquelas lindas e majestosas camas com coberturas, ou dossel, que vemos nos palácios parecem muito chiques e glamourosas, mas sua origem não tem nenhum glamour, muito pelo contrário...
Essas elegantes camas com aquela linda cobertura e até cortinas, na verdade surgiram como uma proteção extremamente necessária.
Bom, pra entendermos a necessidade do dossel, que é tal cobertura que parece tão elegante, primeiro temos de explicar como eram as casas da época...
A maioria dos telhados na idade média não tinha forro, e a estrutura de madeira que sustentava o teto era o lugar preferido dos animais; cães, gatos e inclusive outros animais muito indesejados, como ratos, aranhas e besouros.
Quando chovia, e começavam as goteiras, os animais pulavam para o chão. Assim, surgiu a famosa expressão em Inglês: "it's raining cats and dogs" ("Tá chovendo cães e gatos!"), que seria o equivalente ao nosso "Tá chovendo canivete".
Para não sujar as camas, e não serem acordados com um animal ou inseto qualquer caindo sobre eles, os antigos improvisaram, e inventaram um tipo de cobertura rudimentar. Essa cobertura depois foi sendo refinada, decorada, até que acabou se transformando no "glamouroso" dossel.
A história é mesmo cheia de surpresas, e uma cama que parece tão elegante e charmosa começou como uma "rede anti-animais e sujeira". Você algum dia imaginou uma origem tão humilde pra algo tão nobre?!
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Este histórico do dossel está bastante simplificado, pois resume-se à origem.
ResponderExcluirNa prática acabou por desaparecer, no final da idade média entre a população comum. Apenas nas casas reais e nas casas senhoriais mais aristocráticas é que o dossel se manteve até quase ao Romantismo, mas por outras razões bem mais pragmáticas... Não havia então análises de ADN e era necessário provar a consumação do casamento e a legitimidade dos filhos, o que só era possível com testemunhos presenciais... Então as relações dos cônjuges eram presenciadas por inúmeras testemunhas que pernoitavam no mesmo quarto, do lado de fora do dossel ouvindo todos os ruídos do coito conjugal, até à consumação do orgasmo geralmente muito ruidoso, tanto da parte do varão como da fêmea...
Quando o marido era muito mais idoso do que a jovem esposa, o séquito de testemunhas era muito mais elaborado e em conformidade com protocolos diplomáticos, requerendo a presença de altas personalidades dos países de origem de ambos os cônjuges.
Esqueci-me de referir que todas as relações conjugais eram registadas por escrito e devidamente datadas no livro do Camareiro-Mór e devidamente assinadas pelas testemunhas protocolares. Deste costume derivou que geralmente os cônjuges dormiam em quartos separados ou até mesmo em casas separadas. Quando da visita régia do Rei D. Carlos à ilha de São Miguel foi construída nas Furnas a Casa da Rainha D. Amélia e sempre que o rei pretendia visitá-la incumbia o seu Camareiro-Mór de perguntar antecipadamente â Rainha a sua disponibilidade para o receber a x horas de uma noite devidamente agendada... e já estávamos na 1ª década do séc. XX....
ResponderExcluirOlá Duarte Amaral, seu comentário engrandeceu e enriqueceu nosso conhecimento sobre o assunto de maneira muito especial. Para quem, como nós, aprecia a história, esses detalhes são maravilhosos. Só podemos agradecê-lo pela participação e contribuição valiosas. Obrigado por compartilhar conosco seu conhecimento sobre o assunto! Abraços da redação!
Excluir-Vossa majestíssima perereca está disponível para esta noite ou já encontra-se compromissada?
ResponderExcluirInteressante...
Ótimo. Eu estava querendo uma mesmo. Agora farei com certeza, já que meu quarto não tem forro e vivem caindo baratas e pedaços de cimento. Já fiz umas gambiarras mas como não sou a dona da casa que se dane. Vou cuidar da minha cama. Farei um com estrutura em pvc . 😍❤
ResponderExcluirAchei que fosse pra proteger das epidemias. Tipo uma quarentena doméstica.
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