Declarada oficialmente extinta desde 1986 a espécie lagosta-de-árvore (Dryococelus australis) era considerada mais uma perda irrecuperável da biologia australiana.
O triste fim desse inseto teria começado em 1918, quando uma embarcação australiana chegou na ilha Lord Howe, no Mar da Tasmânia, carregando ratos pretos que acabaram eliminando várias espécies nativas.
A lista de baixas inclui 5 tipos de pássaros, 2 variedades de plantas e 13 espécies de invertebrados, como a a lagosta-de-árvore, que não existe em nenhum outro lugar do mundo.
Já em 1960 as autoridades estavam cientes do desaparecimento das lagostas-de-árvore, mas resolveram esperar mais tempo para confirmarem sua extinção, o que só aconteceu em 1986.
A boa notícia agora é que pesquisadores descobriram que os tais insetos considerados extintos na verdade conseguiram sobreviver, e segundo Alexander Mikheyev, lider da pesquisa, nós tivemos uma nova chance de tentarmos reparar um erro, o que normalmente não ocorre.
Diferença entre os insetos encontrados e aqueles declarados extintos - Foto divulgação
Apesar dos insetos encontrados nas rochas não serem idênticos a espécie declarada oficialmente extinta da Ilha Lord Howe, a comparação entre os genomas dos dois animais confirmou menos de 1 por cento de diferença, o que é uma margem suficientemente pequena para que os exemplares sejam considerados da mesma espécie.
"Descobrimos o que todos queriam encontrar, e apesar de algumas diferenças morfológicas significativas, essas são de fato a mesma espécie" afirmou Mikheyev.
De qualquer forma os especialistas avisam que a espécie continua seriamente ameaçada de extinção, e que devemos nos empenhar para aproveitarmos bem essa segunda chance que a natureza nos deu.
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