'Criança vampira' foi enterrada com pedra na boca em ritual anti-vampiro para proteger os vivos há 1500 anos
Uma criança italiana de 15 séculos atrás foi enterrada com uma pedra em sua boca, em um ritual conhecido como anti-vampirismo, para prevenir atividades malignas além-tumba. A descoberta foi feita por arqueólogos da Universidade do Arizona.
O esqueleto parcial da criança de aproximadamente 10 anos de idade foi encontrado deitado de lado em uma tumba na 'Necropoli dei Bambini' (cemitério das crianças) em Umbria, região central da Itália, um local conhecido por ter abrigado incontáveis vítimas de malária de uma grande epidemia no ano de 450 da era atual.
Segundo os cientistas, essa criança em particular representa a mais antiga criança já encontrada e também a primeira que teve uma pedra colocada em sua boca intencionalmente em um ritual espiritual.
"Eu nunca tinha visto nada parecido com isso. É extremamente estranho e bizarro. Localmente estamos chamando isso de 'Vampiro de Lugnano", afirmou David Soren, professor de antrolpologia e de estudos religiosos e clássicos da Universidade do Arizona.
Outras tumbas com mortos enterrados com pedras na boca já tinham sido encontradas anteriormente por toda a Europa, o que já era conhecido como um popular folclore baseado no temor de que os mortos voltassem à vida trazendo males e má sorte para os vivos.
Embora o mito universal sobre vampiros que conhecemos hoje só tenha surgido a partir do ano de 1700, muitas culturas da idade média já possuíam diversas lendas sobre criaturas "mortas-vivas" que se levantavam de suas tumbas ameaçando os vivos. Vários esqueletos já foram encontrados com estacas no peito ou membros cortados para evitar que "ressurgissem dos mortos".
Já o ato de colocar uma pedra na boca do morto era amplamente conhecido como um ritual anti-vampiro muito popular, mesmo antes que as lendas sobre esses mortos vivos começassem a ganhar toda a forma cultural que conhecemos hoje.
Análises preliminares indicam que a "criança vampira" foi, na realidade, vítima de um surto de malária que atingiu a região, conforme já foi comprovado por exames anteriores em outros esqueletos encontrados no mesmo local.
Futuras escavações na 'Necropoli dei Bambini' já estão programadas para o futuro. "A qualquer momento quando você olha para sepultamentos, eles são significantes, porque abrem uma janela para mentes antigas. Nós temos um ditado na bio-arqueologia: 'Os mortos não enterram a si mesmos'. Nós podemos descobrir muito sobre as crenças das pessoas e suas esperanças através da forma como elas tratam seus mortos", afirmou Jordan Wilson, membro da equipe responsável pela descoberta.
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