'DNA alienígena' criado em laboratório gera polêmica no meio científico

Com o patrocínio da NASA, pesquisadores da Fundação para a Evolução Molecular Aplicada em Alachua, na Flórida, conseguiram criar um "DNA alienígena", sintético e muito diferente de tudo que conhecemos.




Segundo Steven Benner, lider da pesquisa, a nova estrutura foi batizada de 'Hachimoji', sendo formada por 4 estruturas conhecidas do DNA e outras 4 inteiramente novas.

De acordo com os pesquisadores, essa experiência almeja desvendar novas possibilidades de como a vida extraterrestre poderia se manifestar, o que seria importante para a NASA, que concentra muitos de seus projetos na busca por vida fora da Terra.

Os responsáveis pela pesquisa fazem questão de esclarecer que o tal "DNA alienígena" não é nem de longe uma nova forma de vida, e serve apenas como referência aos cientistas do mundo todo que podem agora entender melhor o que poderiam encontrar fora do nosso planeta.

A figura representa a configuração do "DNA alienígena", formado por 4 estruturas conhecidas (representadas pelas cores azul, amarelo, verde e vermelho) e 4 estruturas novas (representadas pelas cores ciano, rosa, roxo e laranja). 

Segundo Lori Glaze, diretora interina da Divisão de Ciências Planetárias da NASA, "A detecção de vida é uma meta cada vez mais central das missões científicas planetárias da NASA, e essa nova pesquisa nos ajudará a desenvolver instrumentos e experimentos eficazes que vão expandir o escopo do que procuramos".

Os especialistas envolvidos nesse novo projeto acreditam que a vida nas luas Europa e Encélado, onde grandes oceanos de água se escondem sob grossas camadas de gelo, por exemplo, poderiam ser bem diferente de tudo o que conhecemos.

Precisamos então considerar que algumas formas de vida podem não usar DNA como conhecemos, e por isso precisamos estar aptos para reconhecer vida diferente da nossa.

Claro que a pesquisa já está dividindo opiniões. Alguns cientistas consideram arriscado criar algo que nem sabemos o que é afinal, já outros garantem que grandes avanços podem ser alcançados com esse DNA estranho. E você o que acha?

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