Asteroide gigante de Natal passará próximo da Terra em 26 de dezembro de 2019

Um "presente de Natal" insperado está assustando muita gente pelo mundo. Trata-se de um asteroide gigante medindo cerca de 620 metros, o 2000 CH59 (ou 310442).




De acordo com o CNEOS (Center for Near Earth Object Studies - Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra) da NASA, o asteroide deve fazer sua máxima aproximação no dia 26 de dezembro de 2019 às 07:54 UTC (4:54 no horário do Brasilia), passando a uma velocidade de 12 km/s.

Órbita do "Asteroide de Natal" 2000 CH59 ou 310442

Mas ao contrário do que muitas páginas e canais do youtube estão divulgando, o asteroide gigante deve passar a uma distância segura de cerca de 7.180.697 quilômetros (19 vezes a distância entre a Terra e Lua) ou seja: não existe nenhuma chance de colisão de acordo com especialistas.

O que confunde as pessoas (e acaba dando margem a sensacionalismo) é que esse asteroide realmente é classificado como "potencialmente perigoso" pela própria NASA, mas devemos lembrar que qualquer objeto grande que passe a menos de 0,05 UA (Unidade Astronômica) é considerado "potencialmente perigoso".

1 UA é a distância média entre a Terra e o Sol, ou seja, cerca de 150 milhões de km. Portanto 0,05 UA são cerca de 7.480.000 km.

Movimento da trajetória do asteroide 2000 CH59 ou 310442 (clique para ampliar)

Resumindo: qualquer coisa maior que 140 metros e que passe a menos de 7 milhões e 400 mil km do nosso planeta é considerado "potencialmente perigoso".

Vale lembrar que essa classificação serve basicamente para que os cientistas prestem mais atenção nesses objetos que, por estarem relativamente perto do nosso planeta, podem sofrer alterações em suas órbitas e podem vir a representar algum risco.

Mas esse não é o caso do "Asteroide de Natal" que já está ficando famoso na Internet. Ele deve ser apenas mais uma "bola da vez", outro asteroide na longa lista de objetos que ganham fama na internet, causam alarde em canais e páginas sensacionalistas e depois são esquecidos como se nunca tivessem existido.

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