'Oumuamua é um objeto misterioso que
já deu muito o que falar (e teorizar), e muitas possíveis explicações surgiram.
Inclusive o respeitado
professor Avi Loeb, de Harvard, disse em várias oportunidades que o objeto era mesmo uma
nave alienígena.
E quando achamos que os cientistas ficariam sem ideias, surge mais uma teoria
que pode resolver de vez o enigma.
A estranha aceleração do 'Oumuamua sempre foi um dos principais pontos
de estranheza que intrigava os especialistas, afinal ele parecia acelerar e
desacelerar como se tivesse algum tipo de propulsão própria, se comportando de
forma muito diferente de qualquer asteroide ou cometa.
Mas agora os pesquisadores Alan Jackson e Steve Desch podem ter
esclarecido a confusão. Eles revelaram sua teoria durante a mais recente
edição da Conferência de Ciência Lunar e Planetária (Lunar and Planetary
Science Conference).
A ideia é que 'Oumuamua deve ter vindo de algum lugar parecido com o
que temos no cinturão de Kuiper, ou da Nuvem de Oort. E nesses
locais existem muitos objetos cobertos de gelo de nitrogênio, que
quando sublima cria efeitos de propulsão.
Anteriormente Darryl Seligman e Greg Laughlin já haviam considerado a
possibilidade do hidrogênio molecular ser o responsável pela
aceleração e desaceleração misteriosa de 'Oumuamua, mas havia um problema:
o hidrogênio molecular é muito mais volátil e não sobreviveria
muito tempo durante a travessia interestelar do objeto, estimada em cerca de
100 milhões de anos entre uma estrela e outra.
Melhor imagem real que temos de Oumuamua mesclando capturas do Very Large
Telescope, do ESO e do Gemini South Telescope
Mas com o gelo de nitrogênio as coisas se encaixam melhor, já que esse
material pode resistir mais tempo, servindo de combustível quando o
objeto se aproximasse de alguma estrela.
E vale lembrar que esse material é muito comum nos objetos do Cinturão de
Kuiper, ou da Nuvem de Oort, por exemplo, fazendo crer que 'Oumuamua
pode ter uma origem parecida em outro sistema.
Agora vamos esperar que novas experiências possam confirmar essa nova teoria,
e até lá, novas teorias podem surgir... e o mistério ainda pode durar muito
tempo.
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