Machados de pederneira encontrados no sul da Grã-Bretanha
são mais antigos do que se pensava e intrigaram pesquisadores.
As ferramentas datam de cerca de 600 mil anos atrás e podem mudar o que
achávamos saber sobre antigas comunidades na região.
O problema é que até agora
achávamos que os artefatos mais elaborados eram obras da nossa espécie
(Homo Sapiens), mas esses antigos machados mostram que um ancestral extinto
dos neandertais, os Homo heidelbergensis já criavam essas ferramentas.
As descobertas foram feitas no sul da Grã-Bretanha por uma equipe de
arqueólogos da Universidade de Cambridge, da Universidade de Kent e do
Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária.
Os artefatos foram primeiramente descobertos nos subúrbios de Canterbury na
década de 1920, e só recentemente os especialistas usaram uma moderna
técnica para determinar quão antigos são os objetos.
Machado de mão - foto Museum of Archaeology and Anthropology,
Cambridge.
A tecnologia chamada de datação por
radiofluorescência infravermelha (IR-RF), é capaz de determinar
quando certos minerais no local foram expostos à luz solar pela última
vez, expondo assim a data em que foram enterrados.
Com isso os pesquisadores descobriram que as ferramentas datam de cerca de
560.000 e 620.000 anos atrás, bem mais antigos que nossa espécie,
quando a Grã-Bretanha ainda estava conectada à Europa continental.
Antes dessa descoberta acredita-se que ancestrais humanos extintos pisaram
pela primeira vez na Grã-Bretanha entre 840.000 e 950.000 anos atrás, e que
essas primeiras visitas foram temporárias.
Porém agora os cientistas descobriram que os hominídeos que viviam na região
que se tornaria a Grã-Bretanha estavam prosperando e não estavam apenas de
passagem, o que pode mudar nossa compreensão das primeiras populações de
homo sapiens.
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