O enigma começou nos anos de 1970, quando as 2 sondas da missão Voyager entraram em operação e captaram um estranho brilho ultravioleta que parecia se originar nos confins do Sistema Solar.
Desde então várias outras missões foram lançadas, como mais recentemente a 'New Horizons', e todas elas detectaram o mesmo brilho, que continua intrigando cientistas pelo mundo todo.
Mas afinal o que é o tal brilho que parece vir das profundezas do Espaço? De onde ele vem e qual a sua origem? Claro que o mistério continua dando margem a muita especulação... mas qual a verdade?
Essa é justamente a pergunta que continua confundindo especialistas, mas pelo menos já temos uma boa teoria para explicar esse estranho fenômeno: uma "parede de hidrogênio" que funciona como uma divisa entre nosso Sistema Solar e o resto de nossa galáxia.
De acordo com um estudo, publicado na revista científica 'Geophysical Research Letters', o Sol produz uma corrente de partículas eletricamente carregadas chamada de 'vento solar' (heliosfera), e isso acaba formando uma bolha magnética nos limites do nosso Sistema Solar (heliopausa).
Além dos limites dessa bolha, átomos de hidrogênio não carregados diminuem de velocidade no espaço interestelar e colidem com as partículas do vento solar (a tal parede de hidrogênio) e isso é o que dispersaria a luz ultravioleta de um modo muito peculiar, causando o estranho brilho captado pelas sondas espaciais nos limites do nosso sistema.
"Estamos vendo a fronteira entre a vizinhança do Sistema Solar e a área fora dela, na Galáxia", afirmou Leslie Young, pesquisadora que faz parte da equipe responsável pela missão New Horizons.
Alguns cientistas acreditam que quando conseguirmos enviar alguma sonda espacial para fora dos limites da heliopausa e mantermos contato com ela para receber informações, poderemos ver o que acontece com o misterioso brilho: se ele diminuir ou desaparecer a teoria da parede de hidrogênio se confirma, do contrário o brilho deve estar sendo gerado de outra fonte, e teremos de encontrar outra explicação.
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